Como rentabilizar seus ganhos no consórcio imobiliário

Allan Cardoso • jun. 02, 2021

Consórcio Imobiliário – o que você precisa saber para investir nessa modalidade

O Consórcio Imobiliário é mais rápido e útil, e foca na melhor característica do investidor: o planejamento. Saiba mais sobre essa modalidade de aplicação.

- Você sabe exatamente o que é um consórcio?


Este modelo de investimento se dá pela união de pessoas físicas ou jurídicas em um grupo que objetiva adquirir um imóvel a partir do pagamento de parcelas fixas e mensais, transformadas numa espécie de “poupança coletiva”. Cada consorciado passa a ter uma cota de consórcio que irá lhe permitir ser contemplado de duas formas: através de sorteio ou pela oferta de um lance. Uma administradora funciona como gerenciadora do dinheiro.



- Que tipo de investidor tem perfil para este modelo de investimento?


Se você é o tipo de investidor que não tem pressa em adquirir um imóvel – seja porque já tem sua casa própria, ou porque vê nesse tipo de aplicação um investimento com um retorno focado no planejamento de médio e longo prazo - esta é uma opção super válida. Há duas formas para ser contemplado: sorteio ou um lance oferecido.


No sorteio, você participa do consórcio regularmente, fazendo o pagamento do valor mensal e aguardando a sorte bater à sua porta. Já para o lance, se você tiver capital suficiente, esta é uma forma de acelerar sua contemplação - uma modalidade válida para quem tem um pouco mais de celeridade no acesso ao valor da carta de consórcio.


Ao obter uma carta de crédito, o consorciado pode não apenas adquirir um imóvel, como também reformar aquele que já possui ou, ainda, investir na aquisição de um terreno.


Tudo isso, com o poder de barganha de quem paga à vista, uma vez que o valor do seu crédito é pago diretamente à pessoa ou empresa responsável pelo bem.


Outro benefício é a possibilidade de utilizar o FGTS – Fundo de Garantia por Tempo de Serviço - como forma de complementação ao valor da carta de crédito adquirida no consórcio. Ele pode aumentar o valor da carta, ampliando o preço do imóvel a ser adquirido, ser utilizado na quitação de parcelas, e na oferta de lances para que o investidor sinta o cheirinho do novo investimento imobiliário o mais rápido possível. 


E para quem este tipo de investimento não serve?


Se você é o tipo de investidor que tem pressa, e que precisa ser contemplado com o imóvel o mais rápido possível, vamos devagar. É preciso lembrar que o consórcio é um mecanismo de autofinanciamento coletivo e que nem sempre a contemplação do consorciado acontecerá no tempo desejado. Alguns grupos são formados para durar 10, 12 ou até 15 anos, dependendo da administradora.


Agora, meu caro investidor, se a ideia é consorciar-se para oferecer um lance que lhe permita ser contemplado de forma rápida, o consórcio vai lhe ajudar. Isso te permite antecipar o pagamento das prestações, reduzir o valor de cada parcela e, claro, o tempo para quitação das prestações. No final das contas, quem oferecer o lance mais alto, assim como acontece num leilão, leva seu imóvel mais rápido.


Quais as vantagens em comparação ao financiamento?

Chegamos à cereja do bolo. Ou seja, aos benefícios de um Consórcio Imobiliário – muito mais barato e prático se comparados ao Financiamento Imobiliário.


O Consórcio NÃO cobra taxas de juros: Enquanto em um financiamento você paga uma taxa de 12% ao ano, no consórcio esse valor é destinado apenas a uma taxa administrativa, paga à administradora no decorrer de todo planejamento do consórcio (que pode durar, você lembra, até 15 anos). Algumas administradoras do mercado chegam a cobrar, inclusive, taxas de 6% a 8%.


Valor Fixo: Como é formado por um conjunto de investidores, paga-se um valor fixo de prestação, sem a necessidade de o consorciado injetar um valor inicial.


Baixa burocracia: Aqui também não há a famosa burocracia de um financiamento que precisa ser aprovado por uma instituição bancária. No consórcio, essa aprovação é muito mais tranquila e rápida, já que a situação do investidor é verificada apenas quando ele obtém a carta de crédito por lance ou sorteio. Ou seja, se estiver eventualmente negativado, poderá consorciar-se e pagar as parcelas normalmente, até que sua situação se regularize e seja contemplado.


Agora, se for fazer um financiamento, qualquer pessoa só terá o crédito aprovado apenas se o CPF não estiver negativado, exigência dos bancos antes de liberar o pagamento.


O planejamento é a ideia-chave dessa modalidade de investimento imobiliário. Você se planeja para comprar um imóvel baseado em uma programação. Nesse plano entram variáveis como o valor das parcelas, tempo para pagamento, acréscimos à carta de crédito para ampliar seu poder de compra, condições de reembolso caso desista do consórcio, entre outras, acordadas em um contrato feito entre você e sua administradora. 


Lembre-se: o consórcio é para quem planeja um bem, não para quem quer comprar rapidamente um imóvel!


A Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios lembra que adquirir um consórcio pode significar a programação do seu futuro, da sua família ou até mesmo da sua empresa, a partir da aquisição de bens que representarão o aumento do seu patrimônio pessoal, familiar e empresarial.

Dica: Toda administradora de Consórcios Imobiliários precisa estar regulamentada e ter a autorização do Banco Central para realizar suas atividades. Por isso, antes de consorciar-se, procure saber informações sobre aquela empresa.

Como é possível rentabilizar sobre o investimento em um consórcio?


Agora, se a ideia é rentabilizar sobre o seu investimento em um consórcio, fique atento: dá para fazer dessa modalidade uma oportunidade de ganhar dinheiro.


Como o valor da carta de crédito é corrigido a cada 12 meses pelo INCC - Índice Nacional de Custo de Construção - até o momento em que o consorciado é contemplado, ele mantém o poder de compra do seu consórcio.


As cartas se tornam um bom negócio para quem compra, porque dão acesso imediato à linha com um Custo Efetivo Total (CET) menor que o encontrado nos bancos, e também para quem vende, já que é possível cobrar ágios sobre as prestações pagas de até 124%.É por isso que a venda de cartas contempladas depois do pagamento de 50% a 60% do valor se torna mais difícil.



- Leve em consideração o tipo de imóvel a ser adquirido


Em alguns casos, a valorização dos imóveis pode ficar acima da correção do crédito previsto nos consórcios. Por isso, é preciso ficar atento à variação desse valor para saber se a carta adquirida cobrirá o imóvel que deseja.


Também é importante analisar quais são os índices e taxas que serão aplicados pela administradora na atualização do crédito ao longo dos anos. Seja o INCC ou INPC – Índice Nacional de Preços ao Consumidor, o importante é procurar sua administradora para saber se essas taxas de correção vão garantir seu poder de compra depois de algum tempo, quando for contemplado.


E mais importante. Mais uma vez, aproveitamos para dar aquela dica que representa, na maioria das vezes, a diferença entre apenas adquirir um imóvel como um mero comprador final ou munir-se da orientação técnica dada por profissionais do segmento, e investir com segurança. Procure sempre por um bom assessor de investimentos imobiliários antes de decidir em qual modalidade de investimento deste segmento você vai aplicar seu dinheiro. Conhecimento é sinônimo de poder e o que quero, é que você monetize seus neurônios fazendo de cada aplicação um excelente negócio!


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