As particularidades do mercado imobiliário nos EUA
As particularidades do mercado imobiliário nos EUA
Diferente do Brasil, nos EUA cada estado tem as suas regras e a National Association of Realtors é a entidade que regula o mercado local, com o objetivo de oferecer proteção a consumidores e investidores.
O mercado imobiliário dos EUA possui algumas características próprias em relação a questões como exercício da profissão, atendimento ao cliente e fechamento do negócio. Trata-se também de um mercado com muitas diferenças em relação ao Brasil, principalmente se levarmos em consideração o fato de se tratar de uma das principais economias do mundo e as oportunidades de investimento.
Inicialmente, é preciso saber que, nos EUA, cada estado tem as suas regras sobre o mercado imobiliário. É também importante saber que a NAR – National Association of Realtors (Associação Nacional dos Corretores de Imóveis, em tradução livre) é a entidade que regula o mercado imobiliário norte americano, com o objetivo de oferecer proteção a consumidores e investidores. Os corretores membros da NAR utilizam o título de Realtor em suas assinaturas e precisam ser membros de associações municipais ou estaduais filiadas à NAR.
A filiação também permite acesso a um amplo banco de dados, conhecido como MLS – Multiple Listing Service (Serviço de Listagem Múltipla, em tradução livre), que inclui informações sobre um a maioria das propriedades do mercado local. Só os Realtors podem acessar a MLS. Logo, pode-se dizer que o mercado imobiliário dos EUA é praticamente conduzido pelos Realtors. Comparando com o Brasil, aqui não existe uma base única de dados, como o MLS. Os imóveis são cadastrados em diversos bancos de dados, o que dificulta o acesso à informações.
Após o proprietário contratar o Realtor, este, por sua vez, através de uma comissão que gira em torno de 4 e 7%, coloca a propriedade no banco de dados do MSL e, em seguida, promove a divulgação do imóvel. O MLS não permite que dois ou mais corretores trabalhem na venda de um mesmo imóvel. Além disso, a realização de transações por conta própria e diretas, entre proprietários e compradores – prática conhecida como For Sale By Owner (FSBO) –, nos EUA é ilegal.
Após conseguir atrair investidores e compradores, deve-se aguardar uma oferta através de um documento padrão conhecido como "As Is". Em seguida, essa proposta irá se transformar em um contrato de compra, com as exigências que protegem compradores e o vendedores em casos de erros e fraudes. Aliem disso, o documento oferece detalhes sobre vistoria, financiamento, valores a serem depositados, contas fiduciárias, data da escritura, etc.
Na hora da compra, as transações envolvendo dinheiro e qualquer outra licença necessária é realizada por uma empresa terceirizada, geralmente um escritório de advocacia autorizado a atuar no mercado imobiliário. O objetivo é fazer com que a transação ocorra dentro da lei.
Para estrangeiros, a maioria dos bancos trabalham com financiamento de imóveis e cabe ao corretor indicar um especialista em financiamento. Neste caso, os documentos e as taxas solicitados variam de banco para banco.
