O financiamento disparou - e os preços dos imóveis

jul. 05, 2021

O crescimento econômico está baixo, o desemprego está alto, existe um vírus na nossa vida há dois anos... será mesmo que o preço dos imóveis vai continuar subindo? A resposta é: SIM!

Mesmo em meio à pandemia, o mercado imobiliário segue avançando. No ano passado o crescimento chegou a 57,5% e neste ano a previsão é aumentar mais de 30%. No primeiro trimestre deste ano, o volume de financiamentos habitacionais cresceu 113% em comparação com o mesmo período do ano passado. As operações entre janeiro e março chegaram ao valor recorde de R$ 43,1 bilhões, com 187,6 mil unidades vendidas.


Mesmo com o início do processo de alta de juros no Brasil e da escalada dos preços de materiais de construção, a demanda dos brasileiros pela casa própria ou novos imóveis ainda é forte. A despeito da crise econômica, vários fatores impulsionam a aquisição de moradias e comprovam novamente que o setor de imóveis é sadio e de confiança quando da aplicação de dinheiro guardado, o famoso ensinamento de poupança.


Há uma demanda enorme para a aquisição da primeira casa ou troca de moradia e até investimentos - e com os juros baixos fica mais fácil esse imóvel caber no bolso do comprador que quer sair do aluguel ou mudar para um lugar maior ou investir. A busca pelo imóvel próprio, com as condições melhores de financiamento, as economias que você tem guardadas e uso do FGTS, pode sair mais em conta do que o valor pago mensalmente por um imóvel alugado - sendo você leitor um comprador de moradia. Já para você leitor que é investidor: a tomada de financiamento complementada com algum dinheiro disponível coloca condições de compra imobiliária atrelada a resultados financeiros excelentes e sem riscos.


Mesmo com o início do ciclo de alta da Selic em 2021 (de 2% para 3,5% ao ano), a taxa média de juros do crédito imobiliário para pessoas físicas praticado atualmente é o menor da história. outra questão positiva é a possibilidade de se usar diferentes indexadores no financiamento, o que acirra a competição entre os bancos. Além de que os famosos bancos hoje tem uma concorrência forte com as novas fintechs. E há ainda um ponto importantíssimo a ser considerado por quem está pensando em investir em imóveis: os preços ainda estão 24% abaixo do pico! A afirmação foi feita pelo consultor da conceituada FIPE (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas), Eduardo Zylberstajn, em entrevista para o portal Terra.


Mas você pode estar pensando: o crescimento econômico está baixo, o desemprego está alto, existe um vírus na nossa vida há dois anos... será mesmo que o preço dos imóveis vai continuar subindo? A resposta é: SIM! Estamos em uma ótima fase, depois de anos com poucos lançamentos e com índices atrelados a correção, ou seja, temos uma gramatura de procura e uma escassez de produtos prontos e em produção.


Já falamos aqui na coluna sobre o atual momento, com juros baixos e uma enorme demanda por novos arranjos imobiliários. O cenário é muito positivo! acontece que os preços dos imóveis ainda não recuperaram a não evolução dos mesmos causada pelo ciclo econômico dos últimos cinco a seis anos.


Então pense comigo: Maringá já é considerada uma cidade de valor agregado maior, tendo em vista toda sua qualificação, afinal nosso metro quadrado custa pelo menos 30% a mais do que o de Londrina, e se comparado a capital em vários momentos temos o m² maior que o praticado por lá, por exemplo. Se os imóveis forem corrigidos mesmo em 24%, olha a margem que existe para o comprador dentro do mercado imobiliário maringaense. Se fizer a consideração do valor de imóvel que faz parte do seu planejamento, leitor, ou ainda, se fizer a consideração do valor de imóvel que você quer colocar a venda, acrescente uma média de 12% para o próximo trimestre ou aguarde os 24% em média que teremos para o semestre, haja vista que o mercado demanda um prazo para se realocar. A margem é excelente para a posição de compra e venda, levando em consideração o teto apontado pelo consultor da FIPE. É uma margem excelente!


O insight que quero compartilhar nesta matéria não se resume apenas a um. Vamos lá:


1) Qualquer mercado de atuação merece estudo e, se faz bons negócios quem detém informações e, se levarmos em consideração que tais informações refletem curto prazo de três meses a um semestre, meu questionamento sempre fica em “o porque eu esperei para comprar e gastei mais” ou, “porque eu resolvi vender se poderia ter pego uma margem melhor?”


 2) Já havia escrito as enormes linhas de modalidade de crédito novas desenhadas ao mercado imobiliário e, essa tomada enorme de financiamento que citamos, comprova o escrito e é fantástica para o mercado.


3) O ser humano, como um todo, sempre levará em consideração a moradia, o bem-estar e a segurança de um bom investimento. O que era um momento de aprendizado, já se tornou uma certeza: ainda que com uma pandemia mundial, o mercado imobiliário se prevalece e fortalece, às margens da mesma atrelada a inúmeros fatores econômicos que vieram com ela. Isso mostra, mais uma vez, que é um mercado de segurança, sonho e liquidez, sim, se bem comprado ou bem vendido - é preciso buscar informações. Por fim, quem já se atentou para esse cenário já está comprando e, quem estava por vender, está aguardando. Em que time você está?

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