Mesmo com pandemia, financiamento imobiliário pode ter recorde em 2021: agora é a hora de comprar, te explico o porquê abaixo

jul. 05, 2021

O mercado imobiliário está plenamente atrelado à receita de poupança ativa nos bancos, e o que alimenta a poupança - que é o investimento mais tradicional no mercado financeiro - está atrelado a renda fixa, juros futuros, e demais índices que formatam o envio de dinheiro a ela ou não. Com a grande captação de dinheiro depositado em poupança no ano de 2020, como reflexo do que aconteceu no sistema financeiro . Em 2021 o crédito imobiliário deve bater um novo recorde tendo em vista as liberações de linhas de crédito.


Projeções da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) indicam que as novas concessões de financiamento habitacional podem fechar o ano com um volume de R$ 160 bilhões. O valor é 27% maior do que o verificado no ano passado. E olha que em 2020 o crédito imobiliário já havia avançado 57,5% em relação a 2019.


O ano passado foi marcado por uma captação histórica da poupança. Some-se a esse cenário a grande queda na bolsa de valores, que fez muitas pessoas se assustarem e voltarem-se para o mercado imobiliário, que é mais tradicional e sem essa oscilação. E ainda tem a questão da renda fixa, que até 2019 deu um baita resultado financeiro, mas no final daquele ano e início de 2020 foi ao chão - o dinheiro saiu das aplicações e veio para o mercado imobiliário ou retornam para a poupança - que por consequência também alimenta o mercado imobiliário.


O impulso final para destravar a demanda represada no mercado veio com a queda de juros. As taxas nunca estiveram tão baratas! Com tamanha captação, a disponibilidade de dinheiro traz bancos oferecendo taxas a 3,99% e cooperativas de crédito trabalhando com 0,5% ao mês. Uma taxa de 6% ao ano é mais do que atrativa, certo? E ainda tem as fintechs, que chegaram com força ao mercado em 2018 operando com cartões de crédito e agora também oferecem financiamento imobiliário. As possibilidades para financiar um imóvel nunca foram tantas.


Os dados da Acebip indicam que o ritmo de financiamentos concedidos segue firme nesse início de ano. Os financiamentos com recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE) chegaram a R$ 12,45 bilhões em fevereiro. Comparado a fevereiro de 2020, o montante quase dobrou. E, ainda que estamos vivendo uma crise na área da saúde, com tantos fatores macro e microeconômicos envolvidos, o avanço do crédito será ainda mais acentuado em breve, com o controle se instalando. Soma-se a isto o fato curioso de que a própria pandemia e as mudanças que ela trouxe impulsionaram o processo de digitalização e de desburocratização nas operações de acesso ao crédito por parte das instituições, acelerando ainda mais a demanda e por consquencia a velocidade de compra e venda


Por fim, ninguém sabe por quanto tempo a situação atípica que o mundo está vivendo vai se estender e, meu conselho é: a hora de comprar chegou e passará muito muito muito rápido porque, as construtoras devem começar a lançar empreendimentos repassando a subida de custos dos insumos, que têm subido acima da inflação. O INCC, Índice Nacional de Custo da Construção acumula alta de 11,95% nos últimos 12 meses, essa é a maior projeção de correção ocorrida desde 2003 quando a esquerda assumindo poder que politicamente era uma novidade. Além disso, a própria aceleração da demanda tende a puxar para cima os valores de compra e venda.


Independentemente se você está comprando ou vendendo, se vai ou não aproveitar as taxas únicas desse momento para fazer um financiamento, o que fica, mais uma vez, é a certeza de que o mercado imobiliário é a segurança em qualquer crise e não é atingido diretamente por nenhuma delas, nem mesmo por uma pandemia mundial. A prova maior é essa demanda comprovada pelo mercado financeiro em financiamentos imobiliários e, justifica-se assim que até banco em momento de crise opta pela segurança que o imóvel tem. O produto tem segurança para qualquer um e, com essas correções, a força de valorização repassada pela escassez de lançamentos versus alta de materiais irá guiar nosso mercado para patamares históricos. É um mercado forte e marcado pela segurança no investimento.

Share by: